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Quinta-feira, 26 de Junho de 2008

Jesse & Tony

 

Algo que se aprende de forma lenta na vida adulta é que o tempo não dá para tudo. Ou melhor, aprende-se a adaptar o dia-a-dia de forma a tentar encaixar tudo aquilo que se ambiciona para ele. Ganha-se numas e cede-se noutras, that’s the way it goes.

 

Uma das coisas que não consigo encaixar nos meus dias é a visita regular às salas de cinema. Entrar numa sala e sentar-me durante duas horas a ver a projecção na tela grande é coisa rara nos tempos que correm, com alguma pena minha. Paradoxalmente, vejo mais filmes em casa num mês do que num ano de salas de cinema, talvez por obedecerem aos meus horários e flexibilidades. Vejo filmes de seguida ou em fascículos, em viagem, nos hotéis, nos computadores e nos ecrãs que apanhar. Escolho-os conforme as plataformas (que piada poderá ter o director’s cut do “Blade Runner” num ecrã de um portátil?) e conforme os humores. Não acompanho séries na TV, mas devoro-as em DVDs. E, ocasionalmente, lá estou na sala para ver a projecção como deve ser.

 

É por essa razão que é raro conhecer os filmes do momento, vejo-os mais tarde quando aparecem em aluguer ou venda directa. Gosto especialmente dos videoclubes, das prateleiras, da aventura do filme completamente desconhecido, da surpresa e da desilusão que cada um pode conter. Foi assim que descobri verdadeiras pérolas e outras que foram uma pura perda de tempo. Percebi que me tinha tornado um cinéfilo caseiro quando, a propósito da edição dos Óscares deste ano, um jornalista me questionou acerca dos meus favoritos...não tinha visto um único candidato ao prémio. “Talvez daqui a 2 ou 3 meses já lhe saiba dizer...”

 

 Foi assim que aterrou no meu ecrã, alguns meses depois das salas, o melhor filme que vi em 2008 (pelo menos, até Junho!). “The Assassination of Jesse James By The Coward Rober Ford” de Andrew Dominik, quase que um novato nestas andanças, é um dos mais poderosos filmes que já testemunhei. É raro o momento em que a fotografia, encenação, argumento, música, montagem, realização e actores magníficos se cruzam de forma tão brilhante quanto esta.  Se todos os filmes fossem assim, talvez voltasse mais rapidamente às salas de cinema, arrependido por não usufruir do grande formato e da companhia de estranhos. Este é para voltar a ver e a rever, uma lição de cinema perfeita.

 

Outra lição de cinema é o final da maior série televisiva de sempre, “The Sopranos”. Como grande fã da série, só agora tive oportunidade de ver a sua conclusão. E a curiosidade era grande, como se acaba uma série que nunca teve um momento mau? Como será a última cena de uma saga de anos? A resposta foi algo inesperada mas absolutamente brilhante. Em vez de um Big Bang, a série acaba com uma sequência de 5 minutos que merece ser vista e revista, por conter nela a sensação e essência que a atravessa sem recorrer a artifícios extremos nem a concessões de um grand finale. Está disponível no YouTube e tudo, mas não a deixo aqui senão estrago tudo a quem não consegue resistir à oferta irresistível de um link por clicar.

 

Deixo-vos com o trailer da 9º temporada:

 

 

davidfonseca às 04:13
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Sexta-feira, 20 de Junho de 2008

Some Days Are Bigger Than Others

 

 

 

 

Comprei os bilhetes para ver a Feist no dia em que foram postos à venda, o que diz bastante o quanto queria vê-la ao vivo. Confesso que, apesar de ter gostado do disco “Let It Die”, foi com “The Reminder” que me conquistou em pleno, talvez por ter definido um caminho musical mais claro e mais pessoal. O concerto foi muito bonito, cheio de momentos de rara simplicidade e com uma Feist a comandar em pleno uma banda com um ar algo cansado (talvez o facto de este ser o último concerto de uma longa digressão tenha contribuído para o efeito). E, apesar de achar que o meu tema favorito do último disco (ver aqui) não tenha levantado vôo, adorei cada momento da noite. Volta depressa Miss Leslie!

 

 

...mas não tão depressa. Seis horas depois, na fila para o check-in para Milão, a Feist e a sua banda estavam ao meu lado para regressar para casa. E depois de breves palavras, fomos cada um para o seu destino. Começava assim a minha primeira aventura promocional em Itália, onde o meu disco “Dreams In Colour” é lançado HOJE mesmo. Uma visita relâmpago onde houve lugar para quase tudo, desde promoção intensiva ao showcase no T35 para media e convidados, passando por uma divertidíssima sessão para a Uomo Vogue, sempre em velocidade máxima.

 

 

Espero voltar muito em breve para alguns concertos, a ver vamos quando é que o calendário assim o permite. Não consegui dizer nenhuma frase em italiano, mas espero que consiga colmatar essa falha numa visita próxima.

 

Entretanto, e antes de todos os eventos descritos, estive presente na feitura do último vídeo da Miss Redshoes, um dia divertidíssimo e cujo resultado está agora à vista... “Play it again, Rita!”

 

Senhoras e senhores, “The Beggining Song”:

 

 

 

 E agora vou fazer o soundcheck para o concerto desta noite, estamos já a poucas horas de mais uma noite que promete, o calor põe toda a gente agitada....finalmente!

davidfonseca às 19:13
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