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Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008

M is for Melody

 

Roy Lichtenstein, "The Melody Haunts My Reverie", 1965

 

Há três objectos que me acompanham sempre que saio de casa, independentemente do destino ou do tempo que vou demorar fora das 4 paredes: o meu telemóvel, uma máquina fotográfica e um leitor de MP3. Pensando bem nisso, não são os objectos mais essenciais para a sobrevivência no exterior (talvez o telemóvel seja o mais aproximado), mas tenho conseguido manter-me à tona desta forma durante anos. Gostaria de mostrar-vos algumas das imagens dos últimos meses mas, como referi num post mais abaixo, não uso uma máquina digital há algum tempo (a não ser a do telemóvel e que não conta como máquina fotográfica...ainda!). Quer isto dizer que o processo de revelação, scanner e afins está ainda a desenvolver-se de forma lenta e cuidada. E que saudades tinha da fotografia não-instantânea!

 

Por esta razão, gostaria de partilhar com vocês as surpresas que me tem revelado o outro objecto (e ponho o telemóvel de fora desta equação, acho que toda a gente já tem um e fazem todos mais ou menos a mesma coisa...). A caminho do concerto dentro da carrinha, às compras no supermercado, na sala de espera do consultório médico, a espreitar pela janela de  um quarto de hotel, o leitor de MP3 é uma das maravilhas desta década, especialmente a melómanos ensandecidos como eu. Nos últimos meses tenho ouvido dezenas de discos novos e antigos, uns apenas de passagem, outros até à exaustão. E, pelo meio, descobri algumas pérolas.

 

 

 

Benji Hughes é uma personagem estranha. A capa do disco é fabulosa e a música dele soma elementos estranhos e díspares. Um bocadinho de Beck, uma pitada de Eels, um jogador de bowling dos anos 80 e um madeireiro texano com algumas cervejas a mais, acho que é o suficiente para fazer da música deste senhor um verdadeiro desafio. Do humor ao amor, ele corre tudo com um (des)encanto raro nos dias que correm. Rotação máxima para este clássico instantâneo na discografia Fonsequina.

 

 

A senhora Ladyhawke é intrigante. Aos primeiros acordes pensa-se imediatamente que este disco é alvo de uma reedição dos anos 80 e dificilmente feito no ano de 2008. As influências vão desde Stevie Nicks a Cindy Lauper, de Blondie a Laura Branigan (sim, a senhora responsável por um dos temas mais azeiteiros da história) e, em vez de se camuflarem por baixo de uma toada mais actual, revelam-se na sua forma original. Os sons, os tiques, as melodias incríveis e as malhas mais impossíveis (boas e más), está tudo aqui. A pergunta que se impõe: porque faz esta senhora um disco tão colado a tanta coisa que já foi feita? A minha resposta é: o que me interessa isso se de cada vez que o ponho a tocar agarro logo a minha air guitar e faço solos invisíveis fabulosos? Play it loud Miss Ladyhawke!

davidfonseca às 03:12
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