É um facto que este blog tem estado adormecido durante este 2009 ainda tão jovem e cheio de promessas, mas era inevitável. Depois de uma tour gigantesca, centenas de momentos e pessoas, o zunido nos ouvidos, as viagens intermináveis, milhares de palavras, ecrãs e tecnologia, nada como um retorno ao analógico em todas as suas formas.
Recupero o prazer dos dedos no piano, o som das cordas à frente da minha cara. O cruzamento improvável de todo o tipo de pedais de guitarra. O som seco do ukelele em oposição ao grito agudo do cavaquinho. As máquinas de ritmos da década de 70 e 80. O xilofone que esteve guardado num sotão de uma senhora numa cidade inglesa e que agora martelo suavemente depois de um leilão competitivo online.
O cheiro do fixador e as molas para prender os negativos. As quantidades e as temperaturas. A ausência completa de luz, uma tesoura e um tanque. Como andar de bicicleta.
E para quem gosta deste acontecimento industrial chamado Dia dos Namorados, aqui fica uma foto com o espírito da coisa.
Até já!
PS - e TWITTER, já têm?
*fotos de david fonseca